aboutme

Uma moça polida levando uma vida lascada. O resto é blues, amor, jazz, rock, velharias e muita má sorte... Apenas pesadelos ou sonhos. Me resumo a isso.

Sabe... o que mais me amedronta é como em menos de segundos você consegue fazer eu retirar todas as minhas juras antes feitas.
Basta você tocar que tudo se espalha e eu já nem lembro mais de como era antigamente.
É engraçado como eu me sinto na obrigação de te contar tudo o que eu faço e de me manter conectada à você.
Você me diz que sente falta, e que precisa de mim.
Por mais que eu saiba que no fundo, é mentira, eu gosto.
Escutar isso me satisfaz.
Sempre preferi verdades doídas à mentiras fascinantes, mas parece que você consegue me tirar do meu eixo e fazer com que eu ceda às suas mentiras e me adore por acreditar nelas.
Abaixa a voz quando eu falo, sabe que eu gosto.
Aperta minha mão no fim de tarde, isso me acalma.
Não consigo parar de pensar, em como isso tudo está voltando e no motivo pelo qual estou sendo conveniente com isso, a unica coisa que sei é que estou te deixando me levar e até admito que gosto da sensação de seus braços em minha cintura.
Mais uma noite, e eu sei que me arrependerei... já não consigo voltar atrás, o jeito que você solta as suas mentiras me atrai e cái como melodia aos meus ouvidos.
Me pego rezando para que dessa vez seja diferente, mas quando acabo as minhas preces e viro pro lado, percebo que estou sozinha na minha cama fria e é assim que irá ficar. Percebo que cavo, cada vez mais profundamente, a minha própria cova. Meu próprio poço, e não me canso disso.
É doentio ser tão masoquista assim ?
Meu Deus me ajude ! Já não tenho forças, e nem motivos pra viver... já não sei mais o que fazer, a não ser... adorar cada palavra falsa que você sussurra.

"só fique aí, em pé, e me assista queimar ... tá tudo certo, eu gosto do jeito como isso dói."



Eu preciso de um amor, nem que seja doentio e cínico.

Que queime por dentro, que faça chorar.
Um amo insípido.
Um amor cruel.
Um amor que rasgue o peito de tanto horror .
Um amor desleal, desleixado e deslocado.
Infiel, desrespeitoso e pouco sábio.
Mas que no fundo, ao mesmo tempo em que fica longe faz doer de tanta saudade e traz o reencontro quente e aconchegante.
Que no fundo, mesmo que desleal, desleixado e deslocado, se encaixe dentro de um quarto pequeno, numa cama pequena, com uma luz fraca.
Procuro um amo que por mais doentio e cínico, seja forte, seja de tamborilar o coração.
Pode ser insípido e cruel, de tanta vontade de amar.
Que faça chorar, e queime por dentro, de tanta felicidade.
Um amor que machuque, me sufoque, me enforque.
Azedo, frio e morto.
Mas que ainda assim, me dê aquela sensação de estar em casa.
Eu quero um amor, que me pegue com força, que me deixe louca, que me tire de mim.
Um sexo enlouquecido, com suas mãos segurando a minha.
Uma coisa desvairada, impossível, aloprada.
Um amor inseguro, que nunca saberei se terei de novo após um beijo de despedida. Mas que volte, e me dê a surpresa de um sorrio pela manhã.
Um amor, que tenha todos os defeitos... mas que mesmo assim, ainda seja amor.
No fundo, nenhum ser humano consegue odiar tanto ... que não possa amar.

O ser humano tem a opção de escolher entre libertar-se e viver preso. O que torna difícil é o sentimento que acumula-se ao longo do tempo. Durante todo o percurso. Por todo o caminho.

Desprender-se poderia ser uma tarefa tão fácil. Fazer as malas e partir, jogar a chave fora. Não olhar para trás. Porém, não olhar para trás, é escolher uma vida de tristes memórias. De sofreguidão. Pois após 15 anos dessa escolha, você se verá sentado num café, lembrando de tudo o que viveu, por mais dolorido que fosse, e desejando não ter jogado a chave fora. Ou pensando, que se tivesse ficado, algo poderia ter mudado.
Libertar-se.
Não é tão fácil assim.
Devaneios...

Parece que não me canso, o mesmo erro , mais uma vez.

As vezes acho que não sinto, amor por mim mesma, carinho interior.
Nós andamos cometendo sempre o mesmo erro.
Está tudo em ordem, andando nos conformes, e parece que o diabo resolve atentar.
O pior, é que eu não tenho forças para me manter longe.
Você me parece um ímã de confusões, e no fundo... eu gosto disso.
A gente sabe no que resulta a nossa história: ficamos juntos, tudo está correto; até que um de nós faz uma burrada tremenda, tudo voa pelos ares. Eu te odeio , por meses a fio, até que um dia eu pareço já esquecer tudo e não lembrar mais o porquê de tanta angústia. Uma recaída, e a história se repete de novo.
Os mesmos erros, os nada novos passos em falso.
Eu gosto dessa sensação.
De me amarrar nos trilhos sabendo que o trem está por vir.
No fim de tudo, sei que sempre consigo desfazer os nós.
O medo que bate à porta, ás vezes, é de pensar em sentir o trem passar por cima. Rápida e dolorosamente.
Não passa, não sinto dor, não acontece.
A adrenalina faísca por dentro, sinto o vento, está para chegar.
Me solto, dou um pulo, o trem passa.
Ao mesmo tempo que sinto falta do seu toque arrepiando cada centímetro do seu corpo, penso em como passei esse tempo longe de você.
Não senti falta, doeu no início, mas nada insuportável.
Será que vale a pena correr o mesmo risco de novo ?
Cometer mais um erro, e pior, sabendo no que vai dar?
Vale.
E se não vale, já não importa mais.
Estou afundada em você.
Você é como a gravidade, acaba sempre me atraindo de volta.
Por mais forte que eu seja, por mais que eu resista ficar longe.
No final de tudo, percebo que eu não sei te dizer adeus.
Sorrio agora, com as mãos junto às suas e com você dizendo que sou sua.
Sei que o arrependimento virá em breve, e que não vale a pena cometer o mesmo erro novamente.
Mas a vida é isso, pisar em falso, por mais burrice que seja.
Arrepender-se é estar vivo, e morrer é querer viver muito mais.


Quando as pessoas escolhem você, de principio você se sente lisonjeado e importante. Vê que alguém preferiu a sua ajuda ou você para fazer determinada coisa. Porém, com o passar do tempo, você vê melhor a coisa e percebe que tudo não passou de um jogo de interesse, e que na verdade... os seres humanos só querem usar você.

Sinto-me numa situação extrema de incompetência e impotência, ao perceber tudo isso...

No fundo eu deveria magoar-me , nem que por uma ou duas células do meu corpo, mas o que me surpreende mais do que perceber toda essa ação a minha volta, é ver que eu não me importo nem um pouco com o que as pessoas da mesma espécie que eu pensam sobre mim, meus atos e meus comportamentos.

Na verdade, eu vejo que a ausência delas na minha vida não é de grande importância, e talvez, um palpite quase assertivo, não seja de importância alguma.

O que acontece comigo, é que eu me acostumei com essa minha solidão.

Tudo que eu preciso pra uma boa tarde são meus fones de ouvido e um bom livro. Tendo isso, eu posso quase dizer que tenho tudo, e posso afirmar que estou satisfeita por completo.

É como a felicidade, algo que é muito difícil de julgar , pois cada ser humano tem uma concepção diferente do que é ser feliz.

Acho que ser feliz, é se sentir completo, se sentir por inteiro e que nenhum pedaço esta faltando ou que alguma peça não combina com o resto do quebra-cabeça.

Eu, muitas vezes me sinto assim com meus fones e um bom livro.

A musica no máximo, quase estourando os meus fones, faz com que eu esqueça do mundo ao meu redor e concentre-me apenas em mim e nos meus pensamentos. E por incrível que pareça, eu consigo ouvir melhor a minha mente com algo gritando pelos meus fones do que com o ruído e a poluição sonora que as pessoas tem emitido.

Ultimamente, a verdade é que nem meus fones e um bom livro tem me deixado dentro da minha concepção de felicidade, no fundo cada célula do meu corpo sente que falta alguma coisa, e o que me assusta é não saber que coisa é essa.

Eu sempre tive controle sobre a minha vida, meus desejos, meus atos, minhas vontades... sempre soube, mesmo que de uma maneira doida e doentia, tudo o que fazia.

E encontrar-me em uma situação na qual eu não sei o que preciso para me sentir completa, me frustra.

Minhas oscilações de humor constantes, deixaram de ser constantes há um bom tempo, e eu passei esse tempo acreditando na minha tese que era tudo fase da adolescência e que qualquer pessoa normal deve passar por isso, ( por mais deprimente e desconfortante que seja).

Mas o pior é que passou, por um tempo, e agora tudo está a tona de novo.

Quando eu vejo, não dei um simples bom-dia pra uma senha que o desejou para mim; ou ignorei um colega de classe que estava na tentativa de uma conversa só pra passar mais rápido o tempo da aula chata; ou fui grossa com quem não era pra ser.

Mesmo sabendo que as pessoas se magoam com todas essas minhas atitudes, eu não consigo controlar. Quando eu vejo simplesmente já disse, já ignorei, já fui rude... já foi, já está feito!

E sinceramente? Não faço questão nenhuma de desfazê-lo.

Desde pequena eu sempre quis ser grande, sempre quis crescer logo e fazer parte do mundo adulto... e desde essa mesma época meu pai sempre me disse “quanto mais a gente cresce, mais desejamos voltar no tempo ou parar de crescer”.

Hoje eu vejo que tudo o que eu preciso é de um momento só meu, e nesse mundo “adulto” tem sido a coisa mais difícil de achar.

Eu, mim, comigo, para mim...

Todas as ligações não atendidas; todas as tentativas de conversas não correspondidas; cada mensagem que chegava no meio da madrugada; as dezenas de e-mails em tardes chuvosas...
Tudo o que eu recusei, todo o esforço que fiz para me manter afastada.
A força de vontade que tive que usar para apertar "delete" a cada mensagem que chegou, ou para clicar "lixo" em todos os e-mails que você se deu o trabalho de escrever...Tudo estava valendo a pena, todo esforço, cada dor sentida nas células do meu corpo... pois eu me mantia intacta, estava forte, não precisava de você.
Eu ainda pensava em você em algumas madrugadas, admito, e ficava tentada a puxar uma conversa quando você quando você entrava na minha rede social em meus momentos de insônia.
Porém, eu estava resistindo a tudo isso, a toda essa futura dor de emoções que eu sabia que surgiriam em seguida.
- O primeiro fracasso: responder à sua milionésima tentativa de uma conversa.
Eu caí.
Desci um degrau, dos dez que tinha subido.
- Outro fracasso: um beijo ao me manter por perto demais. Só aí já tinham ido mais quatro degraus.
- E para fechar com a "chave de ouro dos fracassos" vem o fracasso final: me deixar levar pelo calor do momento, pela ausência a tanto tempo sentida e pelo cheiro da saudade.
Acordar ao seu lado, poderia ser o modo mais fascinante de começar um dia, porém o de hoje começa com a palavra "fracassada" tattuada em minha testa e ao invés de sol e um sorriso de orelha a orelha, o dia começa chuvoso... está cinzento e frio.
E eu, estou trinta degraus negativos na escada do sucesso.
Afundada em um poço de amargura e mágoas, tomada por um único momento de luxúria.
Todo o meu esforço, não vale mais nada !


Bom dia, vida.

Era assim que começava o meu dia.
Podia ser as 9 horas, ou as 14. Nao importava, ele so comecava a partir dai.
Eu acordava cedo todos os dias em que dormia sozinha em meu apartamento, e quando sentia o outro lado da cama liso e frio uma bola de neve comecava a se formar na minha barriga.
Eu vestia a primeira coisa jogada pelo chao de madeira do meu quarto e corria pra poder comecar o meu dia.
Nao, eu ja estava acordada mas ele ainda nao tinha comecado.
Sempre tive a chave copia do seu apartamento, e acho que voce sempre gostou disso.
O porteiro nem me para mais, deve achar que sou mais daqui do que voce.
O elevador demora, mas que droga ainda sao 10 da manha quem o prende desse modo ?
Subo as escadas.
Oito andares, oito cansativos lances de escadas.
Pulo de dois em dois degraus, para chegar o mais rapido possivel.
Apartamento 807, nossa estou pingando.
Nao me importo.
Abro a porta, faco silencio, nao quero que voce acorde agora.
Tiro meus tenis e percebo que estou de meias trocadas, nao interessa.
Vou ate o seu quarto andando nas pontas dos pes, torcendo para que voce nao tenha se levantado ainda OU para que caso tenha se levantado, ainda esteja no banho.
Com mais cuidado e silencio ainda, abro a porta, tudo escuro e o ar ligado.
Um suspiro de alivio, voce ainda dorme.
Tiro as minhas roupas, permaneco apenas de calcinha, deito grudando meu corpo em suas costas e me sinto salva.
O fato de voce se virar tanto durante a noite, faz com que toda a sua cama esteja na temperatura ideal, batendo com a do seu corpo.
Isso me acalma um pouco, bem melhor que a metade fria e lisa da minha.
Sinto o seu cheiro e comeco a cair no sono de novo, mesmo com toda a adrenalina que corre em minhas veias.
Seu cheiro consegue ser mais calmante que qualquer coisa.
Estou quase dormindo, e voce se vira, acorda me abraca e faz o meu dia comecar:
"Bom dia, vida" seguido pelo seu sorriso.
E agora posso sair da cama e comecar o meu dia em paz.


E eu morro de vontade, de te ligar no meio da tarde e dizer o quanto o sol forte ta me lembrando você; eu morro de vontade de te ligar na madrugada pra falar o quanto o céu ta estrelado.

Eu me seguro, me controlo, pois morro de vontade de ligar a qualquer hora do dia e gritar o quanto eu morro de saudade, o quanto eu sinto a sua falta.
Mas você ainda não é nada concreto, é complicado ceder assim.
Eu tenho que aprender a ter mais os pés no chão, e deixar que você sinta a minha falta também ... ISSO É, caso você sinta por mim, com a mesma intensidade a qual eu sinto por você.
O problema é que quando você me liga, eu me derreto, fico parecendo um sorvete que deixaram cair na calçada em pleno sol de quarenta graus, é difícil de escolher as palavras certas para usar e poder descrever a sensação que rola dentro de mim, e acabam saindo essas frases bobas e sem sentido, mas isso é pra passar só uma noção do que o amor faz com a gente, de como deixa a gente abobalhada..
Eu sinto falta dos seus beijinhos de esquimó, e do calor da sua pele fazendo carinho na minha.
Eu sinto falta do seu cabelo descontrolado indo para todos os lados e das linhas rígidas do seu rosto.
Eu sinto falta de estar perto, e do modo como você me faz rir.
Eu sinto falta de você.
É cada risada por coisa boba, uma vitrine maluca, ou uma musica pesada.
Grudar um chiclete em baixo da mesa e pedir suco de abacaxi com gengibre.
Os botões da sua camisa, e meu tênis sujo.
É seu cadarço desamarrado e meu esmalte descascando.
Isso é muito eu e você, é muito nós dois ... ninguém entende, nem vai entender...

Pois isso é muito ... muito ... eu , e você !

E o meu maior problema, é que eu bato na mesma tecla todos os dias pois algo em minha mente diz que isso vai mudar .

E eu nao paro de te procurar nem um dia sequer, pois algo aqui dentro me diz que vai ser diferente.
Eu nao me canso te tentar pois uma voz aqui dentro diz que algo está livre de novo .
E na verdade, nada muda, nem é diferente e está longe de ser livre.
É impossível caminhar olhando unicamente pra frente, quando sabe-se que o passado que - tentei deixar para tras - ainda é muito recente, perturbador e de uma mesma forma sedutor e quente.
É acolhedor, da mesma forma que machuca e dilacera .
É o amor, frio, doentio, na verdade alucinado e sedutor.
Fazer o que, não consigo escolher a quem amar, a quem me doar e dedicar cada segundo de meus dias.
É por isso quem tem sido tão difícil seguir em frente sem olhar para trás.
É por isso que tem sido tão complicado, virar as páginas para um novo capítulo sem voltar alguns e ler momentos que me façam rir; pois o que eu mais queria era pular direto para o fim e ver no que tudo isso vai dar, mas o mesmo ... ainda não foi escrito.

Eu abandonei, fui egoísta e parei de respirar.

Pisei em cacos, e nao pensei em me tratar.
Eu caí no escuro, num vazio profundo, de mim para com eu mesma.
Eu fui egoísta, mais uma vez, quando eu jurei que nao seria mais, que não o cometeria de novo, que não deixaria meu coração em frangalhos por qualquer atitude cruel que não partisse de mim, e sim para comigo.
Mas infelizmente eu, novamente, me deixei levar pela forte emoção de ser abandonada.
Até que surgiu você.
Em meio a tal multidão escura e ao mesmo tempo cheia de luz e cor, lá estava você.
Olhando como se também tivesse procurando e acabado de achar.
Seu olhar, como tantas vezes imaginei para mim, agora estava bem em direção ao meu.
Eu simplesmente não podia acreditar.
Um sorriso, e eu tive a certeza de que era em seus braços que eu queria estar.
Segundos depois, tomada pela entorpessência de seus beijos, eu já não conseguia mais controlar a imensidão de meus sentimentos, e o modo rápido e intenso ao qual eles cresciam.
Eu só sabia de uma coisa: eu não podia, não tinha mais forças, para ficar longe de você.
É do seu lado que eu estou agora, e é onde para sempre quero estar.
Já não consigo mais evitar de me pegar pensando em você, e na sensação boa do seu nariz acarinhando o meu.
Eu voltei, de todo o chão que prometi nunca mais estar, por você.
Com cada célula sincera de meu corpo, eu te amo.


Eu demorei para perceber, mas agora eu sei porque você não pode simplesmente virar as costas e me deixar aqui.
É pelo mesmo motivo que eu não consigo seguir em frente e te deixar para trás.
As mentiras, toda a dor e o sofrimento, parecem nos unir mais. Mesmo que um provoque isso ao outro.
É como uma bomba-relógio, ela está ali na dela sem ninguém para perturbar, até que um decide apertar o botão para ver o que acontece, e depois disso ninguém mais sabe qual fio puxar para poder desarma-la.
Ela está prestes a explodir e BUM ! Nada acontece, volta tudo à plena calmaria.
É assim conosco.
Cada um do seu lado, fazendo as suas devidas coisas, até que um outro coloca fogo na corda e a pólvora contida nela, começa a queimar.
Ninguém sabe como apagar essa possível destruição, nada resolve.
Até que no meio de tapas e arranhões, BUM !, um beijo seguido por horas de amor e tudo parece voltar ao normal.
Não podemos viver como bombas-relógios prestes a explodir pois um dia explodiremos, mas não podemos simplesmente largar-mo-nos e deixar-mo-nos para outra pessoa amar.
O desapego não é tão fácil assim, e o nosso amor... também não.
Hoje, depois de muito pensar, eu descobri o porquê de nenhum de nós dois conseguir sair de casa e bater a porta após a quebrar a casa durante uma discussão... Existe amor.
Um amor dolorido, sofrido, doentio e sombrio que nunca nos deixará em paz.
Mas que é também um amor quente, fulgaz, intenso e verdadeiro que nunca queremos deixar para trás.


Um carinho, um beijo, um abraço. Me chame de linda e diga que sou sua.
Não tem mistério, é simples assim.
Para me deixar feliz, basta a simplicidade do seu sorriso e o beijo na testa ao acordar.
Seu cheiro já me faz sorrir quando eu abro os olhos.
Suas mãos tocam meus cabelos, eu não preciso de mais nada.
Tenho tudo para ser feliz: você.

Peace please, inside my heart and in all the world!



Era sexta-feira, o último dia de aula do ano .. e só aí que eu me dei conta de você.
Seus olhos azuis faziam um enorme e belo contraste com seus fios castanhos e seus lábios incrivelmente rosados.
Mas como é possível eu nunca ter reparado em você antes?
E então, parando para pensar, eu percebi: você esteve presente em todas as minhas aulas de trigonometria, artes e teatro.
E porque eu nunca senti esse negócio no estômago antes? Parecia que borboletas rodavam por dentro de mim.
Mas ao fim das aulas o que eu realmente senti, foi um aperto no meio do peito... uma forte pontada e uma lágrima de dor.
As vezes a gente passa tanto tempo procurando um grande amor, que acabamos não nos dando conta nem percebendo que ele pode estar bem aqui na nossa frente, disposto a nos amar com toda a força que nós esperamos.
A culpa disso é a nossa insatisfação, é a nossa imensa lista de enquadramento. É o fato de termos em mente um certo tipo de beleza imposto para nós, e acabarmos nos fechando para as outras.
Um carinho, um sorriso, a inteligência e o caráter, valem muito mais do que a beleza física que - sempre - impomos em nossos pensamentos.
Nos abrir para algo novo é muito complicado, é deixar para trás tudo o que estamos acostumados a lidar e entrar de cabeça em situações totalmente inéditas e inovadoras.
E para isso é preciso ter, no mínimo, força de vontade e coragem para enfrentar esse medo e essa insegurança.
E quer saber o que vamos estar deixando para trás? O TAL DO COMODISMO.
Estar acomodado, acostumado, a algo.. faz com que sempre procuremos por coisas parecidas com as que estamos acostumadas, acomodadas...
Sejam elas objetos, roupas, comidas... e até mesmo pessoas.
E sabe porque muitos relacionamentos não dão certo ?
Novamente, pelo tal do comodismo.
Pois quando nós estamos acostumados a certo tipo de pessoa, que tenha tais hábitos, manias, costumes e preferências, nós acabamos sempre procurando por outras que tenham as mesmas coisas e isso nos dá no saco sem que percebamos !
É por isso que as vezes você cansa de alguém de uma hora pra outra, porque você já ta tão acostumado à tudo o que ta acontecendo e nada de inovador te acontece, que aí você acaba cansando.
JOGUE-SE, o máximo que pode acontecer é você ver que prefere o comodismo à aventura que é ter algo inovador.

Please, do not disturbe me!




Tenho um amor fresco e com gosto de chuva e raios e urgências.
Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente.
Tenho tanta coisa guardada, sentimentalmente boa, que você se surpreenderia.
Sei que não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir 'vezenquando' até sorrio…
É sombrio ver as coisas por esse ponto de vista, mas chorar está permitido por aqui... até porque, talvez, seja a coisa que eu mais tenho feito ultimamente, então as pessoas acostumaram-se com essa minha tristeza contínua.
É que.. sei la.. as vezes pareço um dos milhares de pedaços, de um cristal partido em cacos.
Me sinto só, e sei que mesmo tendo partes que se encaixam a mim... nenhuma delas serve mais.
O que eu quero dizer, é que tenho um amor frio e sozinho aqui, esperando alguém para acalentar.


Pegue tudo que te faça lembrar e coloque em uma caixa. Pronto, já começa daí.

Não, se você acha que é só fazer isso e o seu coração vai dar uma guinada pra frente: não é! Mas já ajuda.

Sabe porque ?

Porque o desapego começa aos poucos.

Então vamos lá, vou contar uma história.

Eu era apegada, apegada demais. A todas as nossas idas e vindas, a todas as fotos espalhadas pelo quarto, a todos os bichos de pelúcia em cima da cama, a todas as suas blusas esquecidas por aqui, a cada moldura dos porta-retratos que você me deu, ao perfume que você mais gostava em minha pele, às roupas que você sempre me elogiava quando me via usar, à cor de esmalte que você sempre sugeria que eu usasse.

Achei que se eu pegasse os porta-retratos e tirasse as nossas fotos e colocasse outras, daria certo. Mas não deu, a dor de excluir o objeto do meu lar, era maior que tudo. Achei que abraçar outros ursos de pelúcia ao dormir, me faria não sonhar com você. Mas eu acabava era não dormindo. Achei que se eu trocasse algumas coisas de lugar , daria certo. Mas nada funcionava, e isso porque eu não tirava e jogava fora, eu só mudava de lugar. Então de uma forma ou de outra, estaria sempre presente no espaço ao qual eu pertencia.

Certas vezes, eu entrava e saia do quarto sem nem me tocar nas varias fotos pelo mural, nos ursos pela cama, no perfume que eu estava usando ou em qualquer outra coisa. Mas aí chegava a hora de dormir e eu me via usando uma camiseta sua, esquecida aqui tempos atrás. E nessa hora o meu sub-consciente trabalhava de tal forma que eu jurava que podia sentir seu cheiro na camisa. E, na verdade, o máximo que eu sentia era cheiro de sabão em pó! Afinal, a camisa já tinha sido lavada dezenas de vezes então era totalmente impossível eu estar sentindo o cheiro dele, mas era a porra do meu sub-consciente trabalhando pra fazer com que a lembrança - e desse modo, a dor também- voltassem à tona.

Daí eu olhava pro lado, e me via cercada pelos ursos de pelúcia com os nomes loucos que inventávamos. Desviava o olhar e ele acabava parando nos meus murais, onde umas três dúzias de fotos nossas estavam penduradas.

Merda!

Lágrimas vinham e eu não conseguia contê-las, a dor aumentava e eu me encolhia sob os lençóis, achando que se eu diminuísse
a dor talvez começasse a ficar pequena também. Mas eu estava enganada. Nada adiantava. Minhas lágrimas viravam um rio de águas que caíam dos meus olhos, e pequenos ruídos vinham juntos que acabavam se transformando em soluços desesperados pedindo por paz no meu coração.

DESAPEGUE-SE.

Essa dor era ruim demais.
Eu sempre fui contra aos desapegados, mas deixe-me explicar o porque de eu ainda ser: eu sou contra aos desapegados a tudo; ao trabalho, aos amigos, à vida, aos seres humanos, aos animais, aos sentimentos, às cartas, às roupas velhinhas e puídas mas que você tem há anos. Agora, aos que se desapegam de algo para libertarem-se de outra coisa, aí sim, desses eu sou a favor.

E neles também me inspirei. Nos que se desapegam para se libertar.
Foi o que eu fiz.

Decidi começar a encaixotar tudo: fotos, molduras, ursos, presentes. Devolvi o que era dele, e encaixotei o que veio dele. O perfume que ele mais gostava acabou e eu decidi não comprar outro frasco. O esmalte que ele gostava nem era a minha cor predileta, então sumiu da minha gaveta também.

ENUDAÇA-SE CASO SEJA PRECISO.




Caso tudo ainda te lembre ele, empacote e encaixote tudo e em seguida mande tudo por correio sem remetente, você se sentirá livre.

Eu, enfim, me senti em paz.




Era primavera, as flores começavam a desabrochar novamente.

Os lençóis da enorme cama eram brancos, as cortinas de um azul imperial tão digno da realeza que eu me sentia dentro de um castelo deitada dentro daquele enorme quarto bem decorado.

Feixes de luz passavam por uma fresta fina da grossa cortina, a luz que vinha batia direto no seu rosto e você acordou.

É impressionante o modo como eu ainda me surpreendo com a sua beleza, seu corpo moreno e atlético, seu cabelo macio, suas mãos grandes, suas costas largas, seu braço firme, seu abdômen definido, suas pernas grossas e sua barba por fazer.

Sua barba roçou, então, em minhas bochechas delicadas.
Era macia, gostosa.

Eu ficaria deitada na cama o dia inteiro se fosse para senti-la desse modo carinhoso durante as horas.

Um sorriso, eu abri os olhos.


Seu nariz colado ao meu, fazendo carinho de esquimó e sua voz rouca me desejando um bom-dia.

Você continua a acarinhar-me. Do carinho de esquimó, para os dedos alisando a minha bochecha. Daí você partiu, com suas mãos quentes, para os fios longos e ondulados do meu cabelo macio. Depois desceu, com o dedo, pelas linhas do meu corpo chegando até a cintura e subindo novamente.

Sento-me para te ver melhor, beijo-te.

Novamente sinto a sua barba macia.

Ouso toca-las com os meus dedos finos, não quero soltar.

Você retribui o meu beijo, e me puxa mais para si.

Eu queria ficar nessa cama enorme, de brancos lençóis; desse quarto bem decorado, de cortinas imperiais; com você até a próxima primavera.

Você está aqui, eu não preciso de mais nada.

Você está por perto, e eu existo. Não me deixe.


MAKE-ME HAPPY , serão fotos que me encantam de alguma forma. Que eu acho fofinhas ou que , no momento, me faça sentir algo mesmo sem um texto pra postar.

Tipo a foto acima, que me lembra domingo, cookies, fim de tarde e paixão!

A cada manhã era um sonho novo, uma nova história, uma coisa pra pensar.


Até que em uma certa manhã cinzenta de Outubro, um rosto diferente apareceu no meu inconsciente e desde então continua a me perseguir todas as vezes que deito minha cabeça no travesseiro.

Esse tal rosto, me persegue, me diz coisas, mas todas elas eu não consigo ouvir.

O rosto de alguém , um alguém que grita para mim e eu não consigo escutar uma única letra.

Chora, implora, ajoelha-se e eu não entendo.

Fala, grita, esperneia e eu continuo sem entender.

E daí, veio um sonho diferente.

Esse alguém, dono desse rosto, deitado e pálido.

Sem forças, nem lágrimas.
Sem gritos ou esperneios.

Apenas dor em seu olhar, angustia em seu rosto, aflição.

Uma palavra, ouvi o som.

Espanto.

Eu estava entendendo, enfim eu conseguira escutar um som do que o tal rosto dizia. Finalmente eu estava ouvindo o que esse alguém tinha a me dizer. E assim que a primeira letra saiu, foi como um soco forte na boca do estômago.

Da voz, eu reconheci o rosto.

Outro soco, eu já estava no chão.

O tal rosto, era o seu rosto.

A tal frase era que você precisava de mim, e estava morrendo.

Eu poderia te salvar.

Você fechou os olhos, eu estava chorando.

Eu me debrucei e te sacudi, mas você não acordava.

Você se foi, era tarde demais, eu não pude te salvar.

Agora eu deito e não te acho mais no meu inconsciente.

Era um pedido de ajuda, como eu pude negar ? Como pude ser tão estúpida ao ponto de não reconhecer seu rosto ?

Agora sou um alguém sem sonhos. Sem esperanças. E sem sentimentos.

Eu morri, assim que você fechou os olhos.

Pode ser o jeito doce que você toca em meus cabelos, ou o modo caloroso como olha em meus olhos a cada manhã. Na verdade, eu não sei o real motivo, mas me encontro mais apaixonada por você a cada dia que passa, mesmo não sabendo que isso era possível.


Pode ter sido o jeito que tudo começou, pode ser o jeito que você me diz que sou linda sempre que eu não espero que você diga, ou pode ser apenas uma coisinha dizendo que é você a pessoa que faltava pra completar a minha vida. Um tal de sexto sentido - conhece ? - me avisando que eu vou continuar a me apaixonar mais, e mais, por você a cada vez que eu acordar e te ver me olhando; e a cada vez que você dormir comigo te observando.

Só teve um jeito de nós começarmos isso.

Foi eu me descobrindo, descobrindo você.
Foi você se descobrindo, descobrindo a mim.

Cada passo, cada digital, cada fio de cabelo, cada linha do seu corpo, cada gesto das suas mãos, cada expressão facial, cada olhar e todos os seus nove sorrisos.

Um sorriso pra quando você está feliz de verdade,
Outro pra quando você fica sem graça.
Um pra quando você se emociona,
E mais um pra quando você sabe que não fez a coisa certa.
Um pra consolar,
E a sua gargalhada mais gostosa.
Outro pra quando ri das bobagens que eu falo,
E mais um pra me contar alguma coisa delicada.

Mas o sorriso que eu mais gosto, ainda é aquele, sereno e calmo.. que você me dá toda vez em que olha nos meus olhos, diz que eu sou sua e diz que me ama.

Nunca perca esse, pois é - para mim - o mais valioso.


O amor é assim, sem preferência física, social ou econômica.
Não está faltando beleza, dinheiro ou poder, está faltando amor!

Não tolero falsas juras de amor, enrolação e chove e não molha.
Ou você fica debaixo da chuva, deixando desabar toda a água em cima dos seus cabelos fazendo com que eles colem em sua face de tão encharcados que estão, ou você não coloca o pé fora de casa pra não molhar o dedão!
Nada de pegar um guarda-chuva pra não se molhar muito.

Odeio meio-termos.


Odeio essa coisa de não fode e não sai de cima. Ou você dá aquela gozada gostosa, ou você diz "boa noite, tchau" e nem entra na casa do cara.
Não vem com essa de preliminares e só. Não curto essa coisa de deixar o cara na maior vontade pra quando ele achar que vai botar o amiguinho pra funcionar você mandar "ah, melhor não porque não me sinto preparada."

Minha querida, se você não se sentia preparada, não tivesse ficado nua na cama do cara deixando ele te tocar toda, porra !

Já falei, odeio meio-termos.

Não suporto ver casais que mal se conhecem e já prometem casamento, vida eterna e ficam com uma melosidade sem fim. Minha amiga, daqui há dois anos, você já vai ter passado na mão de - no mínimo - mais uns cinco caras !

Não engulo pessoas que gostam de provocar ciúmes, ficar de conversinha com outros só para chamar a atenção.

Ei, acorda ! Você não tá chamando atenção pro lado positivo, porra nenhuma!
Quer conversar com alguém ? Pega seu horário de trabalho e vai almoçar e bater um papo com o cara que te espera chegar em casa estressada do trabalho todos os dias.
Quer passar a mão na camisa de um cara e dizer que ficou bonito? Elogia o homem que passou horas dentro do closet decidindo qual era a melhor roupa pra te buscar em casa e levar pra jantar !

Se você tem em mente, que essa de provocar deixa com ciuminho, digo-lhe de ante-mão: você está com-ple-ta-men-te errada.
Essa de ciuminho não rola, dá é raiva. Dá ódio mesmo.

Sabe porque ?

Porque aquele bonitão que você quer ao seu lado, não vai pensar "filho da puta, conversando com a minha mulher!". Nããão... ele vai pensar: "cachorra vadia, ontem tava na minha casa dizendo que me amava e hoje tá alisando o peito de outro homem, vaca!".

Talvez eu não consiga amar ninguém por ser exigente demais a ponto de querer tudo do meu jeito.
Mas pera aí po, eu só to pedindo um pouco de sinceridade e realismo. É pedir demais ?!

Se o mundo for justo, se o mundo for realmente justo, um dia vou estar ocupada demais pra viver tão ofendida com pessoas que desfilam amores como se fossem sacolinhas de farmácia.

Hellooo, ei você que disse te amo pra um semana passada e te amo pra outro hoje... se toca, amar não é isso, "te amo" não é "bom dia".

Tá com medo de ficar pra titia? Invista em você.
Seja uma pessoa de caráter, bom humor e inteligência.

Tava pensando aqui com os meus botões e me veio isso tudo em mente, mas quer saber de uma coisa?
A real mensagem que eu tenho pra passar pra vocês é que a pessoa que você ama é 72,8% água... e pra ela secar, não demora muito não.

Então surpreenda, ame, viva.
Quem ama não idealiza, surpreende.
E pra quem tá nessa de que ama um hoje e outro amanhã, eu só tenho uma coisa pra dizer: Amor de cu é rola! O verdadeiro amor é eterno.

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