aboutme

Uma moça polida levando uma vida lascada. O resto é blues, amor, jazz, rock, velharias e muita má sorte... Apenas pesadelos ou sonhos. Me resumo a isso.

Eu já estava aqui ha um ano e nada ainda me era familiar.
Eu ainda entro no corredor dois, mesmo que eu meu seja o três. E sempre paro na porta 5, quando devo entrar na 7.
Nunca me dou conta de para onde estou indo até realmente chegar a algum lugar.
Me falta algo desde que... bem, isso não vem ao caso... mas nada nem ninguém, nunca, conseguiu suprir esse buraco que fica dentro do meu coração, até...
Até eu conhecer você. Até você aparecer na minha vida,ou como você preferir colocar essa situação.
Desde que você chegou, meus passos não me controlam nem me enganam mais, agora eu guio meus próprios pés e sempre sei aonde eles estão me levando.
Eu devo isso a você, e ainda sinto que deva muito mais que um mero obrigada.
Você conseguiu fazer com que eu mesma destruísse o rótulo que impus à mim, "coração de pedra".
Conseguiu a mais dificil das coisas, que foi fazer eu me contrariar e ver que eu estava errada. Que eu ainda posso sentir calafrios ao sentir seu cheiro, que posso trazer um enorme calor à tona quando você se aproxima e que meu corpo todo ainda pode tremer quando você me toma em seus braços e, carinhosamente, me beija.
Você me trouxe de volta, ao menos metade de mim, aquela que eu tinha deixado para trás, a parte de mim a qual eu tinha desistido. Você simplesmente acreditou nela e a trouxe de volta.
Obrigada.
Você me lembrou o que é otimismo, o que é não deixar se abater.
Você me lembrou o que é ser forte.
E por você, eu me reergui, eu levantei a cabeça e agarrei a minha vida de volta.
Com garra e com todos os direitos que eu tinha sobre ela.
Mais uma vez, obrigada.
Abdiquei ao título de coração de pedra, para aceitar - aos poucos - os carinhosos apelidos que você montava...
Ah!, se eu pudesse descrever como as minhas células formigam toda vez que você diz "essa é a minha garota"...
Não existe uma sensação que seja boa o suficiente para poder comparar.
Mais uma vez, muitíssimo obrigada, por me ensinar a nunca desistir e ser sempre forte "independente de quantas vezes algum idiota parta o seu coração", como você mesmo diz...
Obrigada por me fazer querer ter a minha vida de volta e por deixar as portas abertas para eu entrar na sua.
Sem nenhuma sombra de dúvidas.... sempre sua.





E novamente minha cabeça encontra-se cheia de pontos de interrogação. Cheia de dúvidas. E com espaço de sobra para receber as respostas.
Me pergunto se é o porquê de eu ainda escrever pensando em você quando o que menos quero é pensar em você. Ou se é porque no fundo eu sei que o que eu sinto, ainda existe. E você sente também. E existe dentro de você também.
Até porque, qual outro motivo você teria para me ligar em meio a madrugadas, totalmente alcoolizado, para perguntar por que tenho estado tão fria e o motivo de não te procurar mais.
Qual motivo você teria, após seis meses, para me perguntar porque eu disse que te acho tão babaca e o que me levou a ter essa enorme raiva de você.
O nome disso é mágoa.
Gerada de um bom sentimento que, por você, espero não sentir novamente.
O nome disso é decepção.
Gerada por acreditar em suas palavras cuspidas, e não apenas propriamente e carinhosamente ditas, como realmente deveria ser.
As vezes me forço a acreditar que comigo não era diferente de com todas as outras mulheres que entram e saem da sua vida o tempo todo. A grande diferença, pode ser que, talvez, eu tenha permanecido nela um pouco mais de tempo que qualquer uma outra.
Mas aí você me pega de surpresa, as cinco da manhã, querendo saber o que deu errado.
Isso me confunde. O que você quer que eu pense?
Será esse o seu real objetivo? Me confundi?
Será mesmo que você quer saber por que tudo deu errado e descobrir porque essa angústia no seu peito tem batido tão fortemente nos últimos dias?
Para essa última eu tenho um palpite: saudade.
Dói, vem triste, é fria, machuca, sabe-se lá quando vai embora e o pior: nunca vem sozinha. A saudade, sempre vem acompanha de um turbilhão de emoções angustiantes que tem o único e principal objetivo de nos fazer sofrer... Sei bem como é, já perdi a conta de quantas vezes a senti por você.
O porquê disso, também é um palpite: você está me perdendo.
Está sim, acredite. Até eu já aceitei isso em minha vida, não te ter mais nela. E essa, meu caro, era a parte mais dificil.
Não nego que ainda escrevo pensando em você. É exatamente o que estou fazendo agora. Porém, não escrevi mais a dor que a sua ausência traz, ou o quente desejo que sinto de ter você por perto a cada segunda.
Acho que eu trazia as minhas angustias até aqui pois eu preservava a dor que você me causou, pois quando eu usava o "nós" percebia que "dor" era a única coisa que me restava.
Agora escrevi pois tenho dúvidas, que você gerou ao decidir mostrar que se importa.
Pena que você decidiu mostrar tais sentimentos, tarde demais.
Já não sou completamente sua.
Sim, até porque uma parte de mim sempre vai gostar de você. Mas não mais te amar. Pois uma outra enorme parte achou alguém que tem carinho pra dar, que curou as feridas. E o carinho, muitas vezes, supre o amor e a sua dor.
O carinho ensina a ter amor, e é isso que vai acontecer.
Você percebeu que eu parei de fingir que estava discando o numero errado só para ouvir a sua voz, eu simplesmente não liguei mais. Nem mesmo por real engano.
Você percebeu que eu parei de procurar saber o que você ia fazer, não apareço mais a nenhum evento no qual você esteja, de propósito. E veja bem meu caro, se isso vier a acontecer passará a realmente ser uma mera coincidência.
Você pode ter começado a se tocar que eu não estou mais a te esperar, e que não vou mais estar. E se não percebeu algo que falta para que você pare de tentar voltar atrás, eu lhe ajudo:
Eu nunca mais vou estar a te esperar.
Quando você se perguntar o porquê dessa cara, já lhe dou a resposta: depois de tanto preservar a única coisa que restou de nós, a dor, eu ainda sou realista e percebo por mais duro que tenha sido sofrer por tudo isso... Me fez crescer. E se fosse um tempo atrás, eu diria: é tudo culpa sua. Mas hoje eu digo: eu devo isso a você...

Será que um dia, você vai sentir a minha falta como hoje eu sinto a sua?
Será que um dia, você vai querer ter meus braços em volta de ti, segurando-te com firmeza, assim como eu quero tanto os seus em volta de mim?
Talvez um dia, quem sabe, você sinta seu coração acelerar ao me ver.
Sinta suas pernas vacilarem e fazerem você pensar que talvez, só talvez, você não vá conseguir se mover direito quando eu chegar mais perto.
Pode ser que num futuro próximo, ou distante, você se veja sentindo um cheiro conhecido, que lhe traga uma vontade de algo que você por pouco não consegue distinguir. E pode ser que esse cheiro seja o meu.
Talvez um dia, você se pegue chorando no meio de um dia lindo, com sol gritante no céu azul, o verde convidativo do seu jardim... E perceba que algo ainda lhe falta.
Um dia, você pode vir a desejar tanto ter alguém para uma boa conversa. Ver um velho filme.
Ou simplesmente, você pode desejar ter alguém por perto pra fazer nada.
É melhor fazer nada, junto.
E quando você perceber que não tem ninguém que te entenda o suficiente para conseguir fazer nada com você e mesmo assim fazer você sentir bem, pode ser que você lembre de mim.
E aí, eu espero que não seja tão tarde. Quando dou pontos finais, eu não volto atrás.
Não espere chegar esse dia de céu azul, para querer uma companhia.
Não espere que seja tarde demais, querer companhia debaixo dos lençóis. Querer dedos traçando linhas imaginarias em sua testa, depois pelo seu nariz, fazendo seu halo fica mais evidente e te dando a deliciosa sensação do que é um bom carinho.
Não deixe que seja tarde demais, desejar me ter por perto. Não deixe que seja tarde demais.
Não deixe que eu faça as malas e decida partir.
Não deixe que eu decida que é o começo. Pois quando for o começo para mim, é sinal de que será tarde demais para você.
Quando eu decidir seguir em frente, eu juro, não volto atrás.

Não se deixe me perder.



Tenho pensado em você mais que o normal. Tenho pensado em como encaixar o “nós dois” de novo em nossas vidas. Tenho me perguntado se criar tais expectativas seria o mais seguro. Ou se terminar este capítulo é o correto.

“Nós dois” é uma história de amor muito inconseqüente. Que muitas vezes me pergunto se chegou realmente ao final, ou se terá mais um destemido e apaixonante capitulo.

“Nós dois” é a história, clichê, de uma garota que se apaixona por um garoto e consegue que ele se apaixone por ela. É história clichê de duas pessoas que, juntas, fizeram um mais um, ser igual a um.

“Nós dois” conta diversas noites de travessuras amorosas,mas também intensas noites de brigas e terror. Narra a divertida gargalhada de uma jovem apaixonada que não quer pisar no chão de jeito nenhum, porque estar nas nuvens nunca foi tão mágico.

“Nós dois” mostra aos outros que mudar é possível, e mudar por amor é mais possível ainda. E melhor, “nós dois” mostra que realmente existia amor.

“Nós dois” fez uma cidade inteira duvidar, e depois aplaudir de pé a pureza de um sentimento de dois jovens amantes. Trouxe muita inveja, muita intriga, muita reviravolta.

Lendo as páginas dessa história eu nunca sei se está para terminar. Já perdi a conta de quantas foram as páginas que chorei de dor, que senti a angustia dentro do meu peito e de quantas foram as páginas que formiguei de felicidade e sorri sem conseguir parar.

Começamos um capítulo, fechamos outro. Porém, nunca demos um fim à essa história. E agora tenho de me fazer a difícil pergunta: seguir em frente ou terminar este livro e começar, talvez, uma outra história?

Trazer toda a dor de volta? E trazer, também, todas as belas noites de carinho, amor, respeito...

No fundo sei que quero isso tudo de volta, e no fundo eu sei que o que me impede de seguir em frente é uma coisa chamada medo.

“Nós dois” pede por mais um capítulo, e nós dois o construiremos juntos.

Tudo de novo, e diferente também.





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