aboutme

Uma moça polida levando uma vida lascada. O resto é blues, amor, jazz, rock, velharias e muita má sorte... Apenas pesadelos ou sonhos. Me resumo a isso.

Sabe... o que mais me amedronta é como em menos de segundos você consegue fazer eu retirar todas as minhas juras antes feitas.
Basta você tocar que tudo se espalha e eu já nem lembro mais de como era antigamente.
É engraçado como eu me sinto na obrigação de te contar tudo o que eu faço e de me manter conectada à você.
Você me diz que sente falta, e que precisa de mim.
Por mais que eu saiba que no fundo, é mentira, eu gosto.
Escutar isso me satisfaz.
Sempre preferi verdades doídas à mentiras fascinantes, mas parece que você consegue me tirar do meu eixo e fazer com que eu ceda às suas mentiras e me adore por acreditar nelas.
Abaixa a voz quando eu falo, sabe que eu gosto.
Aperta minha mão no fim de tarde, isso me acalma.
Não consigo parar de pensar, em como isso tudo está voltando e no motivo pelo qual estou sendo conveniente com isso, a unica coisa que sei é que estou te deixando me levar e até admito que gosto da sensação de seus braços em minha cintura.
Mais uma noite, e eu sei que me arrependerei... já não consigo voltar atrás, o jeito que você solta as suas mentiras me atrai e cái como melodia aos meus ouvidos.
Me pego rezando para que dessa vez seja diferente, mas quando acabo as minhas preces e viro pro lado, percebo que estou sozinha na minha cama fria e é assim que irá ficar. Percebo que cavo, cada vez mais profundamente, a minha própria cova. Meu próprio poço, e não me canso disso.
É doentio ser tão masoquista assim ?
Meu Deus me ajude ! Já não tenho forças, e nem motivos pra viver... já não sei mais o que fazer, a não ser... adorar cada palavra falsa que você sussurra.

"só fique aí, em pé, e me assista queimar ... tá tudo certo, eu gosto do jeito como isso dói."



Eu preciso de um amor, nem que seja doentio e cínico.

Que queime por dentro, que faça chorar.
Um amo insípido.
Um amor cruel.
Um amor que rasgue o peito de tanto horror .
Um amor desleal, desleixado e deslocado.
Infiel, desrespeitoso e pouco sábio.
Mas que no fundo, ao mesmo tempo em que fica longe faz doer de tanta saudade e traz o reencontro quente e aconchegante.
Que no fundo, mesmo que desleal, desleixado e deslocado, se encaixe dentro de um quarto pequeno, numa cama pequena, com uma luz fraca.
Procuro um amo que por mais doentio e cínico, seja forte, seja de tamborilar o coração.
Pode ser insípido e cruel, de tanta vontade de amar.
Que faça chorar, e queime por dentro, de tanta felicidade.
Um amor que machuque, me sufoque, me enforque.
Azedo, frio e morto.
Mas que ainda assim, me dê aquela sensação de estar em casa.
Eu quero um amor, que me pegue com força, que me deixe louca, que me tire de mim.
Um sexo enlouquecido, com suas mãos segurando a minha.
Uma coisa desvairada, impossível, aloprada.
Um amor inseguro, que nunca saberei se terei de novo após um beijo de despedida. Mas que volte, e me dê a surpresa de um sorrio pela manhã.
Um amor, que tenha todos os defeitos... mas que mesmo assim, ainda seja amor.
No fundo, nenhum ser humano consegue odiar tanto ... que não possa amar.

O ser humano tem a opção de escolher entre libertar-se e viver preso. O que torna difícil é o sentimento que acumula-se ao longo do tempo. Durante todo o percurso. Por todo o caminho.

Desprender-se poderia ser uma tarefa tão fácil. Fazer as malas e partir, jogar a chave fora. Não olhar para trás. Porém, não olhar para trás, é escolher uma vida de tristes memórias. De sofreguidão. Pois após 15 anos dessa escolha, você se verá sentado num café, lembrando de tudo o que viveu, por mais dolorido que fosse, e desejando não ter jogado a chave fora. Ou pensando, que se tivesse ficado, algo poderia ter mudado.
Libertar-se.
Não é tão fácil assim.
Devaneios...

Parece que não me canso, o mesmo erro , mais uma vez.

As vezes acho que não sinto, amor por mim mesma, carinho interior.
Nós andamos cometendo sempre o mesmo erro.
Está tudo em ordem, andando nos conformes, e parece que o diabo resolve atentar.
O pior, é que eu não tenho forças para me manter longe.
Você me parece um ímã de confusões, e no fundo... eu gosto disso.
A gente sabe no que resulta a nossa história: ficamos juntos, tudo está correto; até que um de nós faz uma burrada tremenda, tudo voa pelos ares. Eu te odeio , por meses a fio, até que um dia eu pareço já esquecer tudo e não lembrar mais o porquê de tanta angústia. Uma recaída, e a história se repete de novo.
Os mesmos erros, os nada novos passos em falso.
Eu gosto dessa sensação.
De me amarrar nos trilhos sabendo que o trem está por vir.
No fim de tudo, sei que sempre consigo desfazer os nós.
O medo que bate à porta, ás vezes, é de pensar em sentir o trem passar por cima. Rápida e dolorosamente.
Não passa, não sinto dor, não acontece.
A adrenalina faísca por dentro, sinto o vento, está para chegar.
Me solto, dou um pulo, o trem passa.
Ao mesmo tempo que sinto falta do seu toque arrepiando cada centímetro do seu corpo, penso em como passei esse tempo longe de você.
Não senti falta, doeu no início, mas nada insuportável.
Será que vale a pena correr o mesmo risco de novo ?
Cometer mais um erro, e pior, sabendo no que vai dar?
Vale.
E se não vale, já não importa mais.
Estou afundada em você.
Você é como a gravidade, acaba sempre me atraindo de volta.
Por mais forte que eu seja, por mais que eu resista ficar longe.
No final de tudo, percebo que eu não sei te dizer adeus.
Sorrio agora, com as mãos junto às suas e com você dizendo que sou sua.
Sei que o arrependimento virá em breve, e que não vale a pena cometer o mesmo erro novamente.
Mas a vida é isso, pisar em falso, por mais burrice que seja.
Arrepender-se é estar vivo, e morrer é querer viver muito mais.

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