Não dá pra ter na agenda, o número daquele seu ex caso que ainda meche com você. Não dá pra te-lo nas suas redes sociais, nem manter contato com pessoas próximas demais a ele.
Tenho pensado em você mais que o normal. Tenho pensado em como encaixar o “nós dois” de novo em nossas vidas. Tenho me perguntado se criar tais expectativas seria o mais seguro. Ou se terminar este capítulo é o correto.
“Nós dois” é uma história de amor muito inconseqüente. Que muitas vezes me pergunto se chegou realmente ao final, ou se terá mais um destemido e apaixonante capitulo.
“Nós dois” é a história, clichê, de uma garota que se apaixona por um garoto e consegue que ele se apaixone por ela. É história clichê de duas pessoas que, juntas, fizeram um mais um, ser igual a um.
“Nós dois” conta diversas noites de travessuras amorosas,mas também intensas noites de brigas e terror. Narra a divertida gargalhada de uma jovem apaixonada que não quer pisar no chão de jeito nenhum, porque estar nas nuvens nunca foi tão mágico.
“Nós dois” mostra aos outros que mudar é possível, e mudar por amor é mais possível ainda. E melhor, “nós dois” mostra que realmente existia amor.
“Nós dois” fez uma cidade inteira duvidar, e depois aplaudir de pé a pureza de um sentimento de dois jovens amantes. Trouxe muita inveja, muita intriga, muita reviravolta.
Lendo as páginas dessa história eu nunca sei se está para terminar. Já perdi a conta de quantas foram as páginas que chorei de dor, que senti a angustia dentro do meu peito e de quantas foram as páginas que formiguei de felicidade e sorri sem conseguir parar.
Começamos um capítulo, fechamos outro. Porém, nunca demos um fim à essa história. E agora tenho de me fazer a difícil pergunta: seguir em frente ou terminar este livro e começar, talvez, uma outra história?
Trazer toda a dor de volta? E trazer, também, todas as belas noites de carinho, amor, respeito...
No fundo sei que quero isso tudo de volta, e no fundo eu sei que o que me impede de seguir em frente é uma coisa chamada medo.
“Nós dois” pede por mais um capítulo, e nós dois o construiremos juntos.
Tudo de novo, e diferente também.
( aperte play, antes de ler http://www.youtube.com/watch?v=NAc83CF8Ejk&ob=av2e )
Não sinto mais as minhas pernas tremerem, não sinto as minhas mãos suarem.
Não sinto mais meu coração acelerar, tampouco sinto calafrios ao te olhar.
O embrulho no estômago que começava do tamanho de um caroço de feijão e virava uma bola de basquete toda vez que te via, não se manifesta mais.
Ainda fico sem palavras para você, mas não é mais por nervosismo e sim por não conseguir gastar mais uma gota da minha saliva para me dirigir à você.
Ainda fico balançada quanto te vejo, porém não é mais por não saber como te cumprimentar ou o que ao certo te dizer, e sim por lembrar de todas as coisas que me fez sofrer e pensar “como pude ter sido tão estúpida?”.
Hoje tenho nojo.
A agonia que bate, não é mais para ficar perto... é para conseguir me manter o mais longe possível.
Longe das notícias, longe das fotos, longe das lembranças...
Ainda dói, pegar o telefone de noite e não poder te ligar. Ainda sinto a ausência das tuas mensagens ao amanhecer.
Mas percebi que ter tudo isso me machuca mais que não ter.
Pois é mais fácil nos desligarmos daquilo que não temos do que daquilo que temos OU que achamos que é nosso.
É complicado demais nos desligarmos da ilusão de um “ é meu” .
Te ter, tornou-se mais doloroso que não ter.
A hora de dormir era pra ser a hora do descanso e do alívio, mas tornou-e a hora de dor e de choro.
As lembranças não conseguem ir embora, deito a cabeça nomeu travesseiro e elas me acompanham.
Fecho os olhos e vejo você, abro os olhos e choro.
Eu nunca gostei do verão... Sempre tão quente e tumultuado.
Sempre me fazendo cansar mais rapido do dia e torcer pra noite e sua brisa fresca chegar.
Mas ultimamente eu tenho sentido medo da noite.
Pois com ela, vem o tormento da memória e o meu choro calado e sofrio.
Eu sempre preferi o inverno, com sua temperatura mais amena e seu céu mais cinza.
O inverno é aquilo: pede pra ficar junto. Pede pra continuar debaixo dos lençóis e não sair da cama. Pede pra ficar mais junto, mais abraçado, mais corpo com corpo. Pede pra tirar a roupa, mas de um jeito calmo, com calor humano fazendo tudo ficar confortável.
O verão, já pede distancia. Não da pra ficar junto muito tempo e os lençóis começam a irritar. O verão, pede que tire a roupa.. porém, com pressa e tontura. Não pede calor humano, pede distancia disso.
O verão sempre leva. Leva os amigos que vem visitar, leva as novas amizades que surgem e levam os amores que crescem.
É ruim demais dizer 'adeus'.
O inverno sempre traz de volta. Traz o corpo-a-corpo, o dormir junto debaixo dos lençóis, traz os amigos que se foram, mais novas amizades e - principalmente- o amor que continuou a crescer.
Esse verão foi quente demais, foi cruel com as coisas que levou e o pior de tudo isso é que quando esse inverno chegar, não vai ser tão confortante assim.
Não vou ter seu corpo ao meu corpo, não vou ter você debaixo dos meus lençóis, não vou ter seu calor humano deixando tudo mais calmo, não vou ter você pra olhar no relógio e dizer "ainda tá cedo, deita comigo mais um pouco", ou pra perguntar como eu consigo dormir nesse quarto tão gelando quando você não está por perto me esquentando.
A verdade é que nunca parei pra pensar nisso, pois você nunca deixou de estar por perto.
Vai ser um inverno frio e de solidão, logo depois mais um verão quente e de amargar até que - aí sim - no inverno seguinte... você.
Você, seu corpo ao meu corpo, nós dois debaixo dos lençóis.
O verão sempre é assim, leva tudo embora.. até o pequeno bronzeado que dá gosto se vai ... sem deixar um rastro de história pra contar.
Eu sou dor e frio, vazio e escuro, gelado e nada sutil.
Eu sou o sem motivos para respirar, eu sou toda a dor que você me causou e mais de mim adicionado a isso.
Eu sou o confuso, o feio, o inimaginável.
Eu sou o que não se fala, não se chega perto.
Eu sou os olhos fechados, a dor do perder.
Eu sou a raiva e o ódio.
Sou o sem garra, o perdedor.
Sou o sem forças.
Eu sou o que desiste.
Sou o motivo de pena.
Eu sou a solidão.
Eu sou o imundo.
Eu sou o vulgar.
Eu sou o que há de pior.
Sou a tristeza.
A amargura.
Sou a profundidade.
Sou o céu medonho.
Sou o oceano morto.
Eu sou o pesadelo.
Eu sou o choro e o grito de medo.
Eu sou o medo.
Eu sou o horror.
Eu sou todo tipo de lado negro, a pior espécie... eu sou sujo, eu sou o que nao tem valor.
A dor que corrói, que não chega de mansinho ... que chega avassaladora, sem pedir perdão e sem bater na porta.
Sou essa tal dor que derruba um ser humano, que faz um homem chorar.
Eu sou vazio, vazio e vazio.
Eu sou o resto dos cacos que você deixou e continuo no mesmo canto imundo e mal iluminado.
Eu sou o que você deixou para trás, o que é perdido, o que não importa, o que não é lembrado.
Eu sou o sem nome, e na verdade... nada sou.
O sou o monstro que você cirou com tudo que existe de pior dentro de você.
Porque quando eu clamei pela sua vóz, você fez questão de silencia-la?
Eu tenhoem mente que, talvez, você não saiba o que é amar.
Não entenda a essencia de ter um sentimento. Ou ate saiba e entenda.
Eu não sei o motivo exato de as coisas nunca darem certo, nunca sorrirem.
Eu sou lágrimas.
Eu sou saudade.
Eu sou o pranto.
Sou o motivo pelo pedido de misericórdia.
E de novo, eu sou dor. Sou pena. Sou horror.
Sou o que não te toca, nem te faz sangrar.
Mas sou o que sangra.
Sou o que chora.
Sou o que implora pra você ficar.
Eu não vou aguentar, por mais uma vez, ter a cama meio quente e meio fria; ter uma sala arrumada sem seus cadernos de esporte jogados pelo sofá; ou sua toalha molhada no chão do closet.