aboutme

Uma moça polida levando uma vida lascada. O resto é blues, amor, jazz, rock, velharias e muita má sorte... Apenas pesadelos ou sonhos. Me resumo a isso.


Quando as pessoas escolhem você, de principio você se sente lisonjeado e importante. Vê que alguém preferiu a sua ajuda ou você para fazer determinada coisa. Porém, com o passar do tempo, você vê melhor a coisa e percebe que tudo não passou de um jogo de interesse, e que na verdade... os seres humanos só querem usar você.

Sinto-me numa situação extrema de incompetência e impotência, ao perceber tudo isso...

No fundo eu deveria magoar-me , nem que por uma ou duas células do meu corpo, mas o que me surpreende mais do que perceber toda essa ação a minha volta, é ver que eu não me importo nem um pouco com o que as pessoas da mesma espécie que eu pensam sobre mim, meus atos e meus comportamentos.

Na verdade, eu vejo que a ausência delas na minha vida não é de grande importância, e talvez, um palpite quase assertivo, não seja de importância alguma.

O que acontece comigo, é que eu me acostumei com essa minha solidão.

Tudo que eu preciso pra uma boa tarde são meus fones de ouvido e um bom livro. Tendo isso, eu posso quase dizer que tenho tudo, e posso afirmar que estou satisfeita por completo.

É como a felicidade, algo que é muito difícil de julgar , pois cada ser humano tem uma concepção diferente do que é ser feliz.

Acho que ser feliz, é se sentir completo, se sentir por inteiro e que nenhum pedaço esta faltando ou que alguma peça não combina com o resto do quebra-cabeça.

Eu, muitas vezes me sinto assim com meus fones e um bom livro.

A musica no máximo, quase estourando os meus fones, faz com que eu esqueça do mundo ao meu redor e concentre-me apenas em mim e nos meus pensamentos. E por incrível que pareça, eu consigo ouvir melhor a minha mente com algo gritando pelos meus fones do que com o ruído e a poluição sonora que as pessoas tem emitido.

Ultimamente, a verdade é que nem meus fones e um bom livro tem me deixado dentro da minha concepção de felicidade, no fundo cada célula do meu corpo sente que falta alguma coisa, e o que me assusta é não saber que coisa é essa.

Eu sempre tive controle sobre a minha vida, meus desejos, meus atos, minhas vontades... sempre soube, mesmo que de uma maneira doida e doentia, tudo o que fazia.

E encontrar-me em uma situação na qual eu não sei o que preciso para me sentir completa, me frustra.

Minhas oscilações de humor constantes, deixaram de ser constantes há um bom tempo, e eu passei esse tempo acreditando na minha tese que era tudo fase da adolescência e que qualquer pessoa normal deve passar por isso, ( por mais deprimente e desconfortante que seja).

Mas o pior é que passou, por um tempo, e agora tudo está a tona de novo.

Quando eu vejo, não dei um simples bom-dia pra uma senha que o desejou para mim; ou ignorei um colega de classe que estava na tentativa de uma conversa só pra passar mais rápido o tempo da aula chata; ou fui grossa com quem não era pra ser.

Mesmo sabendo que as pessoas se magoam com todas essas minhas atitudes, eu não consigo controlar. Quando eu vejo simplesmente já disse, já ignorei, já fui rude... já foi, já está feito!

E sinceramente? Não faço questão nenhuma de desfazê-lo.

Desde pequena eu sempre quis ser grande, sempre quis crescer logo e fazer parte do mundo adulto... e desde essa mesma época meu pai sempre me disse “quanto mais a gente cresce, mais desejamos voltar no tempo ou parar de crescer”.

Hoje eu vejo que tudo o que eu preciso é de um momento só meu, e nesse mundo “adulto” tem sido a coisa mais difícil de achar.

Eu, mim, comigo, para mim...

Todas as ligações não atendidas; todas as tentativas de conversas não correspondidas; cada mensagem que chegava no meio da madrugada; as dezenas de e-mails em tardes chuvosas...
Tudo o que eu recusei, todo o esforço que fiz para me manter afastada.
A força de vontade que tive que usar para apertar "delete" a cada mensagem que chegou, ou para clicar "lixo" em todos os e-mails que você se deu o trabalho de escrever...Tudo estava valendo a pena, todo esforço, cada dor sentida nas células do meu corpo... pois eu me mantia intacta, estava forte, não precisava de você.
Eu ainda pensava em você em algumas madrugadas, admito, e ficava tentada a puxar uma conversa quando você quando você entrava na minha rede social em meus momentos de insônia.
Porém, eu estava resistindo a tudo isso, a toda essa futura dor de emoções que eu sabia que surgiriam em seguida.
- O primeiro fracasso: responder à sua milionésima tentativa de uma conversa.
Eu caí.
Desci um degrau, dos dez que tinha subido.
- Outro fracasso: um beijo ao me manter por perto demais. Só aí já tinham ido mais quatro degraus.
- E para fechar com a "chave de ouro dos fracassos" vem o fracasso final: me deixar levar pelo calor do momento, pela ausência a tanto tempo sentida e pelo cheiro da saudade.
Acordar ao seu lado, poderia ser o modo mais fascinante de começar um dia, porém o de hoje começa com a palavra "fracassada" tattuada em minha testa e ao invés de sol e um sorriso de orelha a orelha, o dia começa chuvoso... está cinzento e frio.
E eu, estou trinta degraus negativos na escada do sucesso.
Afundada em um poço de amargura e mágoas, tomada por um único momento de luxúria.
Todo o meu esforço, não vale mais nada !


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