aboutme

Uma moça polida levando uma vida lascada. O resto é blues, amor, jazz, rock, velharias e muita má sorte... Apenas pesadelos ou sonhos. Me resumo a isso.

Não sinto mais as minhas pernas tremerem, não sinto as minhas mãos suarem.

Não sinto mais meu coração acelerar, tampouco sinto calafrios ao te olhar.

O embrulho no estômago que começava do tamanho de um caroço de feijão e virava uma bola de basquete toda vez que te via, não se manifesta mais.

Ainda fico sem palavras para você, mas não é mais por nervosismo e sim por não conseguir gastar mais uma gota da minha saliva para me dirigir à você.

Ainda fico balançada quanto te vejo, porém não é mais por não saber como te cumprimentar ou o que ao certo te dizer, e sim por lembrar de todas as coisas que me fez sofrer e pensar “como pude ter sido tão estúpida?”.

Hoje tenho nojo.

A agonia que bate, não é mais para ficar perto... é para conseguir me manter o mais longe possível.

Longe das notícias, longe das fotos, longe das lembranças...

Ainda dói, pegar o telefone de noite e não poder te ligar. Ainda sinto a ausência das tuas mensagens ao amanhecer.

Mas percebi que ter tudo isso me machuca mais que não ter.

Pois é mais fácil nos desligarmos daquilo que não temos do que daquilo que temos OU que achamos que é nosso.

É complicado demais nos desligarmos da ilusão de um “ é meu” .

Te ter, tornou-se mais doloroso que não ter.




Não é que eu nao queira mais, eu simplesmente não posso mais.

Não sei o que te faz pensar que podes brincar assim, de ter vários corações.
Não sei o que te leva a concluir que é só o seu prazer que importa e nada mais.
Não sei o que passas em tua mente ao olhar para trás e ver que a coleção aumentou.
Achas mesmo que estou a sorrir ?
Engano seu.
Imagine perder metade de uma perna, e logo em seguida futucar a ferida até não conter mais sangue.
A dor que sinto, é o triplo disso.
Meu coração não sangra, não chora, não reclama. Mas também não se anima, não sorri e não ama.
Bate fraca e dolorosamente, como se viver fosse a ultima coisa que quisesse. Como se toda essa dor já não fosse suficiente.
Meu coração, não sei porque, ainda não desistiu. Lentamente, continua a bater. Mesmo sem motivos para sorrir, sem sangue para rodar, sem vontade de sentir.
Meu coração, aqui ainda está. Frio e cálido, mas está.
Oh, colecionador, nem que eu tenha de implorar por amores de mil Marias... não o leve de mim.
Oh, colecionador, comigo não - porfavor- ....



Odeio quando você vê que o leite está no final, que não dá nem para a metade de um copo e mesmo assim não pega outro pra pôr na geladeira; odeio quando o papel higiênico acaba e você desenrola outro puxando o fio errado, fazendo a folha dupla virar tripla e sempre restar uma fina sobrando. Odeio quando caio no sono lendo um livro e você entra no quarto fazendo barulho; odeio quando você acende a luz na minha cara. Odeio quando futuca a minha bolsa e come a minha ultima barrinha de cereal; odeio quando pega as moedas que deixo nos jeans largados no
sofá. Odeio esse seu orgulho tão aparente e que você não faz nada para esconder; odeio quando me olha de longe como de quisesse estar perto, mas só para não ser o primeiro a dar o braço a torcer, não o faz. Odeio quando vê que meu celular está carregando e o tira para por o seu
mesmo sabendo que não tenho um puto de bateria e preciso dele funcionando durante todo o dia seguinte. Odeio quando você pede um pedaço do meu sanduíche logo quando ele está no final e eu estou tão faminta. Odeio achar seus dentes tortos um charme, quando a primeira coisa que
reparo num homem é o sorriso. Odeio sua mania de por uma mão no bolso, deixar a cabeça tombar levemente para trás, segurar um wísky na outra mão e me olhar como se pudesse ler o âmago de meu ser. Odeio amar a deliciosa sensação que é ter seus dedos traçando a linha da minha clavícula, descendo pelas laterais do meu braço, parando em minha cintura e apertando-me contra você. Odeio saber que cada pelo do meu corpo se arrepia quando você sobe lentamente os dedos pelas minhas costas, para desce-los mais devagar ainda e depois me espremer contra seu abdômen. Odeio querer ter de novo você me levantando com as mãos, sentando-me na bancada da cozinha e beijando lentamente meu pescoço e mordiscando os lobulos de minhas orelhas. Odeio gostar do seu cheiro quando você acorda; odeio sentir a tua falta quando levanta-se da cama. Odeio essa dor que dilacera meu peito de tanta saudade; odeio querer estar perto. Odeio lembrar você ao sentir o toque de outro homem. Odeio encontrar caras que, ao fechar dos meus olhos, consigam me enganar fazendo-me sentir estar contigo, mas ao abri-los fazem-me perceber que você está do outro lado da sala, bem perto... mas tão distante quanto um outro continente. Odeio ver você achando que tá sendo facil estar aqui fazendo carinho na nuca de outro homem e sorrindo como se tudo o que eu mais quisesse fosse estar realmente aqui, nesses braços.
Como pode achar que te esqueci tão fácil?
Odeio a sua ausência, odeio amar-te ao ponto de ser egoísta com o meu bem-estar e ceder à teus caprichos.
Odeio ver sua mão deslizar pelas costas de outras, quando ao chegar no fim do corredor, você se vira para trás para ver se ainda estou a te esperar. E você sabe que sim, que sem hesitar, eu sempre irei estar...
Sou sua.

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