Não sinto mais as minhas pernas tremerem, não sinto as minhas mãos suarem.
Não sinto mais meu coração acelerar, tampouco sinto calafrios ao te olhar.
O embrulho no estômago que começava do tamanho de um caroço de feijão e virava uma bola de basquete toda vez que te via, não se manifesta mais.
Ainda fico sem palavras para você, mas não é mais por nervosismo e sim por não conseguir gastar mais uma gota da minha saliva para me dirigir à você.
Ainda fico balançada quanto te vejo, porém não é mais por não saber como te cumprimentar ou o que ao certo te dizer, e sim por lembrar de todas as coisas que me fez sofrer e pensar “como pude ter sido tão estúpida?”.
Hoje tenho nojo.
A agonia que bate, não é mais para ficar perto... é para conseguir me manter o mais longe possível.
Longe das notícias, longe das fotos, longe das lembranças...
Ainda dói, pegar o telefone de noite e não poder te ligar. Ainda sinto a ausência das tuas mensagens ao amanhecer.
Mas percebi que ter tudo isso me machuca mais que não ter.
Pois é mais fácil nos desligarmos daquilo que não temos do que daquilo que temos OU que achamos que é nosso.
É complicado demais nos desligarmos da ilusão de um “ é meu” .
Te ter, tornou-se mais doloroso que não ter.
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