aboutme

Uma moça polida levando uma vida lascada. O resto é blues, amor, jazz, rock, velharias e muita má sorte... Apenas pesadelos ou sonhos. Me resumo a isso.

Eu sou dor e frio, vazio e escuro, gelado e nada sutil.
Eu sou o sem motivos para respirar, eu sou toda a dor que você me causou e mais de mim adicionado a isso.
Eu sou o confuso, o feio, o inimaginável.
Eu sou o que não se fala, não se chega perto.
Eu sou os olhos fechados, a dor do perder.
Eu sou a raiva e o ódio.
Sou o sem garra, o perdedor.
Sou o sem forças.
Eu sou o que desiste.
Sou o motivo de pena.
Eu sou a solidão.
Eu sou o imundo.
Eu sou o vulgar.
Eu sou o que há de pior.
Sou a tristeza.
A amargura.
Sou a profundidade.
Sou o céu medonho.
Sou o oceano morto.
Eu sou o pesadelo.
Eu sou o choro e o grito de medo.
Eu sou o medo.
Eu sou o horror.
Eu sou todo tipo de lado negro, a pior espécie... eu sou sujo, eu sou o que nao tem valor.
A dor que corrói, que não chega de mansinho ... que chega avassaladora, sem pedir perdão e sem bater na porta.
Sou essa tal dor que derruba um ser humano, que faz um homem chorar.
Eu sou vazio, vazio e vazio.
Eu sou o resto dos cacos que você deixou e continuo no mesmo canto imundo e mal iluminado.
Eu sou o que você deixou para trás, o que é perdido, o que não importa, o que não é lembrado.
Eu sou o sem nome, e na verdade... nada sou.
O sou o monstro que você cirou com tudo que existe de pior dentro de você.
Porque quando eu clamei pela sua vóz, você fez questão de silencia-la?
Eu tenhoem mente que, talvez, você não saiba o que é amar.
Não entenda a essencia de ter um sentimento. Ou ate saiba e entenda.
Eu não sei o motivo exato de as coisas nunca darem certo, nunca sorrirem.
Eu sou lágrimas.
Eu sou saudade.
Eu sou o pranto.
Sou o motivo pelo pedido de misericórdia.
E de novo, eu sou dor. Sou pena. Sou horror.
Sou o que não te toca, nem te faz sangrar.
Mas sou o que sangra.
Sou o que chora.
Sou o que implora pra você ficar.


Eu não vou aguentar, por mais uma vez, ter a cama meio quente e meio fria; ter uma sala arrumada sem seus cadernos de esporte jogados pelo sofá; ou sua toalha molhada no chão do closet.

Não vou aguentar deitar e dormir, preciso de alguém que discuta comigo sobre quem deitou por ultimo e por isso vai levantar e apagar a luz, ou que reflita comigo sobre como foi o meu dia.
Eu preciso que você continue onde está, não dê mais nenhum passo agora que a porta já está aberta. Eu não vou suportar, se você se for.
Pare. Vire e volte pra mim. Não siga sem olhar para trás, não insista nessa idéia estúpida de me deixar.
Jogue as malas no chão, faça barulho, não me importo mais com os vizinhos de baixo. Entre, vá tomar um banho, sua toalha molhada no chão de carpete também não vai mais me incomodar.
Fique, espalhe quantos jornais quiser, faça a outra metade da minha cama ser quente também.
Só não se vá, deixando uma mancha de toalha molhada no chão; cadernos de esportes velhos espalhados no sofá ou a metade da minha cama fria.
Fique. Eu preciso de você, aqui e agora.



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